segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Dia Mundial do Professor 2020

 Por ocasião do Dia Mundial do Professor que se celebra no dia 5 de outubro divulga-se a 

Mensagem conjunta de
 Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO,
Guy Ryder, Diretor-Geral da Organização Internacional do Trabalho,
Henrietta H. Fore, Diretora Executiva da UNICEF
David Edwards, Secretário-Geral da Internacional da Educação


"Professores: Liderar em tempos de crise, reinventar o futuro "

Todos os anos, o Dia Mundial do Professor recorda-nos o papel crucial dos professores ao serviço de uma educação inclusiva e de qualidade para todos.

Este ano, o Dia Mundial do Professor reveste-se de maior importância tendo em conta os desafios que estes tiveram que enfrentar durante a crise da COVID-19.  A pandemia veio evidenciar o seu contributo crucial para assegurar a continuidade da aprendizagem e apoiar a saúde mental e o bem-estar dos seus alunos.

Devido à COVID-19, quase 1,6 mil milhões de estudantes - mais de 90% do total da população estudantil mundial - foram afetadas pelo encerramento de escolas. A crise da COVID-19 afetou também mais de 63 milhões de docentes, revelando as fraquezas persistentes de muitos sistemas educativos e exacerbando as desigualdades, com consequências devastadoras para os mais marginalizados.

Durante esta crise, os professores demonstraram, uma vez mais, grandes qualidades de liderança e de inovação, garantindo que #OEnsinoNuncaPara (#LearningNeverStops) e zelando para que nenhum aluno fosse deixado para trás. Em todo o mundo, têm trabalhado a nível individual e coletivo para encontrar soluções e criar novos ambientes de aprendizagem para os seus alunos, de modo a garantir a continuidade da educação. O seu papel de aconselhamento sobre os planos de reabertura dos estabelecimentos escolares e o apoio que prestam aos alunos no âmbito do regresso à escola é igualmente importante.

Precisamos agora de pensar para além da COVID-19 e trabalhar para construir uma maior resiliência nos nossos sistemas educativos, de modo a podermos responder rápida e eficazmente a estas e outras crises semelhantes. Para tal, temos que proteger o financiamento da educação, investir numa formação inicial de qualidade para os professores, bem como prosseguir o desenvolvimento profissional do pessoal docente existente. 

Sem a adoção de medidas urgentes e um maior investimento, a crise da aprendizagem poderia transformar-se numa catástrofe educativa. Já antes da COVID-19, mais de metade de todas as crianças de dez anos de idade vivendo em países de baixo ou médio rendimento não eram capazes de compreender uma simples história escrita.

Para reforçarmos a sua resiliência em tempos de crise, todos os professores deverão adquirir as competências digitais e pedagógicas necessários para ensinar à distância, online, e através de abordagens de aprendizagem mista ou híbrida, qualquer que seja o nível de tecnologia disponível. Os governos deveriam garantir infraestruturas e uma conetividade digitais em todo o seu território, incluindo em zonas rurais e remotas.

No contexto da COVID-19, os governos, os parceiros sociais e outros atores-chave têm uma responsabilidade ainda maior para com os professores. Exortamos os governos a proteger a segurança, a saúde e o bem-estar dos professores, a preservar o seu emprego, a continuar a melhorar as suas condições de trabalho, e a envolve-los, assim como às organizações que os representam, na abordagem educativa adotada para responder à pandemia de COVID-19 e ultrapassá-la.

Hoje, celebramos coletivamente os professores pelo seu compromisso constante com os seus alunos e por contribuírem para a realização, até 2030, das metas do Objetivo 4 de Desenvolvimento Sustentável. Homenageamos os educadores pelo papel central que desempenharam, e continuam a desempenhar, na resposta a esta pandemia e na recuperação da mesma.

Chegou o momento de reconhecermos o papel dos professores que contribuem para garantir que uma geração de estudantes possa alcançar o seu pleno potencial, assim como a importância da educação para estimular, a curto prazo, o crescimento económico e a coesão social, durante e após a COVID-19.

Chegou o momento de reinventarmos a educação e de concretizarmos a nossa visão de igualdade de acesso a uma aprendizagem de qualidade para todas as crianças e jovens.


segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Comemoração do Dia Internacional da Paz 2020

 Mensagem de Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO por ocasião do 

Dia Internacional da Paz que se celebra a 21 de setembro

"A paz na terra é da responsabilidade de todos, é uma responsabilidade universal.”

Neste Dia Internacional da Paz, as palavras de Otomi Tolteca, índio do povo Otomi do México, recordam-nos o nosso dever de solidariedade para com os nossos semelhantes: construir e defender a paz é uma missão universal, uma obra coletiva, que se edifica diariamente e nos diz respeito a todas e a todos.

Ser responsável pela paz significa agir, a nível pessoal, para superar as falhas e as injustiças que ainda nos impedem de alcançar um mundo de igualdade. Porque um planeta fraturado é um planeta que não conhece a paz.

Há 75 anos, ao sair de uma guerra terrível, o mundo dotou-se de um instrumento para construir uma paz duradoura, através do diálogo e do compromisso: as Nações Unidas.

Na UNESCO, estamos convictos de que esta missão deve, desde logo e principalmente, passar por um trabalho nos domínios da educação, da cultura e das ciências, pois, como refere o nosso Ato Constitutivo “nascendo as guerras no espírito dos homens, é no espírito dos homens que devem ser erguidos os baluartes da paz.

Todos os dias, através dos seus programas e ações no terreno, a UNESCO reafirma o compromisso assumido pelos seus fundadores de fazer com que a paz seja mais do que o silencio das armas, de fazer com que a paz seja uma convicção do coração e do espírito. É este compromisso que honramos com determinação durante esta Década Internacional para a Aproximação das Culturas (2013-2022).

No entanto, este caminho para a paz universal será longo, porque é uma obra que se edifica diariamente, porque é um processo de transformação permanente. "A Paz não é uma palavra, é antes um comportamento", como gostava de dizer Félix Houphouët-Boigny, primeiro Presidente da República independente da Costa do Marfim, e cujo legado celebramos através da atribuição do Prémio Félix Houphouët-Boigny-UNESCO para a Paz.

Mais do que nunca, a solidariedade e a cooperação são essenciais para construir sociedades de paz e combater a discriminação, nomeadamente contra as populações mais vulneráveis.

Neste Dia Internacional, a nossa Organização gostaria de apelar a todos e a cada um para que se empenhem no diálogo e reflitam juntos sobre o futuro, respeitando a diversidade de opiniões e perspetivas. É nosso desafio comum alcançar uma paz duradoura à escala mundial.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Comemoração do Dia Mundial do Ambiente - Divulgação da mensagem da Diretora-Geral da UNESCO


Mensagem de Audrey Azoulay
por ocasião do

Dia Mundial do Ambiente

subordinado ao tema 

«Biodiversidade»




Todos os anos, entre o final de maio e o princípio de junho, a UNESCO celebra três dias internacionais importantes que representam uma oportunidade para refletirmos juntos sobre os três pilares sistémicos das alterações climáticas: a biodiversidade, o ambiente e os oceanos.
O dia 5 de junho é uma oportunidade para celebrarmos o ambiente, para nos lembrarmos que é um todo, um sistema complexo em que interagem o clima, os oceanos, a diversidade dos seres vivos e dos meios envolventes, por vezes de uma forma que vai além da nossa capacidade de antecipação.
Este ano, no momento em que uma pandemia sem precedentes atinge o mundo, estes dias ressoam com uma urgência ainda mais tangível do que antes.
Em menos de um ano, a crise ambiental revelou-se de uma forma espetacular e preocupante. Enquanto os enormes incêndios que devastaram as florestas tropicais húmidas, como se de savanas áridas se tratasse, revelaram o desequilíbrio climático, a pandemia da COVID-19 lança uma luz crua sobre a crise que afeta a biodiversidade.
Na verdade, esta pandemia foi uma oportunidade para observar o que os cientistas de todo o mundo têm vindo a dizer há anos: a interdependência entre a humanidade e a biodiversidade é tão forte que a sua vulnerabilidade é a nossa fragilidade.
Esta crise sanitária é um aviso que temos de ouvir coletivamente: chegou o momento de repensarmos completamente a nossa relação com os seres vivos, com os ecossistemas naturais e com a sua diversidade biológica.
A construção conjunta de um novo pacto com os seres vivos e com o mundo é uma tarefa imensa, que exigirá um amplo consenso, tanto técnico como ético.
A UNESCO é um dos locais onde este consenso pode ser alcançado. De facto, a UNESCO tem de oferecer uma vocação e uma capacidade de aproximação, de diálogo, que tem estado no âmago da sua missão desde a sua criação. A refundação da nossa relação com os seres vivos só pode ser conseguida coletivamente, através do diálogo e do intercâmbio. Enquanto agência intelectual e normativa, "a consciência das Nações Unidas ", como lhe chamou um dos seus ilustres fundadores, Léon Blum, a UNESCO é, sem dúvida, um dos locais onde esta conversa mundial pode ter lugar.
A nossa Organização tem também de oferecer a sua experiência: através do seu Programa O Homem e a Biosfera, a UNESCO pode, de facto, apoiar-se em redes e sítios que testemunham o facto de já ser possível viver em harmonia, em conjunto com a natureza, em ecossistemas regenerados e preservados para que possam ser transmitidos às gerações futuras.
Por último, a UNESCO pode trazer para o primeiro plano as suas competências especializadas, nomeadamente no domínio da educação, já que a educação ambiental é decisiva para esta refundação. Estar mais atento, mais sensível, mais recetivo ao mundo vivo e à sua extraordinária riqueza, ser capaz de admiração e humildade, compreender a sua responsabilidade e perceber o que pode ser feito na prática - tudo isto pode ser aprendido.

Neste Dia Mundial do Ambiente, que este ano celebra a biodiversidade, recordemos que é "nas nossas mãos que está agora não só o nosso próprio futuro, mas o de todos os outros seres vivos com quem partilhamos a terra", como escreve o jornalista David Attenborough, que dedicou parte da sua vida a dar voz à beleza e diversidade da vida.

Mais informações em

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Dia Internacional da Diversidade Biológica - Divulgação da mensagem da Diretora-Geral da UNESCO


Mais informações em: https://fr.unesco.org/commemorations/biodiversityday




Mensagem de Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO, por ocasião do 
Dia Internacional da Diversidade Biológica,  que se celebra hoje.
22 de maio
Todos os anos, entre o final de maio e o princípio de junho, a UNESCO celebra três dias internacionais importantes que representam uma oportunidade para refletirmos juntos sobre os três pilares sistémicos das alterações climáticas: a biodiversidade, o ambiente e os oceanos.
Este ano, no momento em que uma pandemia sem precedentes está a afetar o mundo desde há várias semanas, estes dias permitem-nos recordar, uma vez mais, que só com uma abordagem transversal e ambiciosa é possível construir um futuro mais sustentável do ponto de vista ecológico.
Destes três pilares, a questão da biodiversidade talvez tenha sido a mais mencionada nas últimas semanas de confinamento generalizado. O recolhimento na esfera privada e a deserção da maioria dos espaços públicos esbateram temporariamente a divisão do espaço entre o ser humano e as outras espécies.
Temos observado animais inusitados a vaguear pela cidade e, em áreas naturais inteiras, temos visto algumas espécies ressurgir dos seus esconderijos, para nidificar e se perpetuarem.
Emergindo das margens invisíveis a que habitualmente a condenamos, a natureza parecia ter recuperado o seu território durante algum tempo. Dando-nos a ver, num tempo limitado, o que normalmente temos dificuldade em perceber, este parêntese confinado recordou-nos, por contraste, o que o Relatório Mundial da Plataforma Intergovernamental de Política Científica sobre Biodiversidade e Ecossistemas (IPBES), publicado há um ano na UNESCO, já referia: o mundo dos seres vivos está a desaparecer, deixando lugar à proliferação das doenças infeciosas.
Este desaparecimento é uma ameaça direta para nós: o tecido vivo que é a biodiversidade não nos é estranho; dele dependem a nossa alimentação, a nossa saúde e o nosso bem-estar.
Assim, esta pandemia deve obrigar-nos a pensar dentro deste tecido de interdependência e a mobilizar ainda mais para nos afastarmos da trajetória destrutiva em que nos encontramos.
As soluções existem. A UNESCO está a identificá-las, a analisá-las e, sobretudo, a divulgá-las: no dia 22 de maio, terá lugar a uma reunião on-line para difundir todo o conhecimento, todo o know-how que está a ser desenvolvido nos quatro cantos do mundo, no âmbito da Rede Mundial de Reservas da Biosfera, dos sítios Património Mundial, da Rede Mundial da UNESCO e nas comunidades indígenas que têm tanto para nos ensinar sobre outro tipo de relação com a vida.
Neste Dia Internacional da Diversidade Biológica, façamos votos para que esta crise sanitária dê um impulso decisivo no sentido da proteção da biodiversidade e façamos nosso este aforismo de Édouard Glissant, "age localmente, pensa com o mundo".

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Divulgação da Mensagem da Diretora-Geral da UNESCO por ocasião do Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento


Mensagem de Audrey Azoulay
Diretora-Geral da UNESCO








Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento

21 de maio de 2020

O Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento é, este ano, celebrado num momento de incerteza e de preocupação.
O encerramento de espaços públicos, instituições culturais, salas de espetáculo e concertos levou, para muitos, à contração do espaço cultural e ao refúgio no seu íntimo.
Felizmente, os meios técnicos que estão hoje ao nosso alcance permitem, aqueles que têm a sorte de poder beneficiar deles, compensar a estreiteza dos espaços confinados. Assistimos assim ao florescimento de iniciativas que reinvestiram as práticas culturais em todo o mundo, destacando a sua grande riqueza. Com tantas ações combinadas, iniciativas originais e criatividade, este tempo de paragem imposta tem mostrado o que faz uma das nossas riquezas enquanto humanidade: a nossa diversidade.
Se a COVID-19 não conseguiu acabar com o diálogo entre culturas, as consequências desta crise a longo prazo, nomeadamente económicas, poderão ser muito prejudiciais para a diversidade. Os períodos de crise são, de facto, propícios à concentração e uniformização. A ameaça está neste perigo insidioso.
Sem um apoio importante, desaparecerão estruturas, perder-se-ão oportunidades de provocar e de ouvir essas formas de ver e de sentir, a diversidade cultural poderá ver-se diminuída, prejudicando a humanidade.
Temos, portanto, sem demora, de proteger esta diversidade, antes que ela desapareça. Por este motivo, a UNESCO lançou o movimento ResiliArt, cujo objetivo é encontrar formas de promover a proteção e a promoção da diversidade cultural neste momento difícil. Reunindo artistas, profissionais da cultura, governos, organizações não governamentais e o setor privado para refletirem juntos sobre as repercussões da pandemia, é o futuro da diversidade cultural que se desenvolve através da inteligência coletiva e da construção conjunta.
A atual crise deve conduzir a uma tomada de consciência e ser acompanhada de novos esforços, para que possam perdurar e desenvolver-se formas culturais variadas e florescerem estruturas culturais, para as quais a crise trouxe à luz do dia dificuldades que, na realidade, em muitos casos, já estavam presentes anteriormente.
Neste dia 21 de maio, Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento, a UNESCO lança um apelo a todas e a todos: juntos, vamos celebrar e apoiar a diversidade cultural, que faz a singularidade da nossa humanidade.

terça-feira, 5 de maio de 2020

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Dia Mundial da Língua Portuguesa - Divulgação da Mensagem da Diretora-Geral da UNESCO



Dia Mundial da Língua Portuguesa

5 de Maio de 2020







Mensagem da Senhora Audrey Azoulay|Diretora-geral da UNESCO

Esta terça-feira, 5 de Maio, assinala-se a celebração do primeiro "Dia Mundial da Língua Portuguesa", cujo intuito é realçar o rico contributo da língua portuguesa para a civilização humana.

A celebração deste primeiro Dia realiza-se como é evidente num contexto particular - o da pandemia da COVID-19 -, que está a levar a humanidade a enfrentar a sua crise mais grave desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Nestes momentos de angústia pelo presente e de dúvidas com o futuro, a língua portuguesa pode ser o fermento de uma nova resiliência, através do poder de evocação e de unidade da cultura.

Numa altura em que, mais do que nunca, precisamos de nos unir, perante um vírus que ignora os passaportes, a língua portuguesa pode assim ajudar a forjar essa "solidariedade intelectual e moral da humanidade" a que se refere a Constituição da UNESCO.

Com efeito, a língua portuguesa constrói pontes entre os povos. Produto de uma história multissecular e transcontinental, o mundo lusófono é hoje o cadinho de muitas culturas, que se enriquecem mutuamente através das suas diferenças.

"Minha pátria é a língua portuguesa", como escreveu o grande poeta Fernando Pessoa na sua obra-prima, O Livro do Desassossego. Esta "pátria" tem hoje mais de 265 milhões de falantes, o que a torna a língua mais falada no hemisfério sul.

Assim, a língua portuguesa tende para a universalidade, fervilhando de criatividade em todas as latitudes, de Angola ao Brasil, de Portugal a Moçambique, de Timor-Leste a Cabo Verde.

Este Dia recorda-nos, por isso, o quanto a diversidade cultural, na era da globalização, é um recurso precioso que devemos proteger e promover. É com este espírito que a UNESCO trabalha incansavelmente para favorecer a diversidade linguística e o multilinguismo no conjunto do seu mandato.

Tal como precisamos de unidade na diversidade para fazer face à pandemia, também precisamos do poder evocativo das línguas no momento presente.

Porque uma língua é mais do que um meio de comunicação: é uma forma de ver e sentir, um reservatório de símbolos e experiências, um caleidoscópio de sonhos e utopias criadoras.

Através das suas literaturas, filmes e músicas, a língua portuguesa oferece-nos desta forma a sua variedade e riqueza para nos permitir, neste tempo de confinamento, escapar e recarregar energias.

Que este Dia seja uma oportunidade para o aproveitar ao máximo: um excelente Dia Mundial da Língua Portuguesa para todas e todos.

sábado, 2 de maio de 2020

Comemoração do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa - 7 Dias com os Media 2020

Neste Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a Comissão Nacional da UNESCO convida-nos a visitar e a divulgar o website da Operação 7 dias com os media, promovida pelo GILM - Grupo Informal sobre literacia Mediática.

Divulgação da Mensagem da Diretora-Geral da UNESCO por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa


3 de maio de 2020
Dia Mundial da Liberdade de Imprensa


Mensagem de Audrey Azoulay
 Diretora-Geral da UNESCO

Num momento em que a pandemia de COVID-19 nos faz mergulhar na ansiedade e na incerteza, a informação livre é essencial para enfrentarmos, compreendermos e ultrapassarmos a crise .

Antes de mais, estamos conscientes da sua importância vital: informar é dar a todos e a cada um, meios para combater a doença, adotando os comportamentos adequados.

Por este motivo, a nossa Organização associou-se à restante família das Nações Unidas na luta contra a "infodemia", os rumores e a desinformação, que está a agravar a pandemia e a pôr vidas em risco. Estamos a unir as nossas forças para promover duas grandes campanhas nas redes sociais: “Together for Facts, Science and Solidarity” e “Don’t go viral”.

Para multiplicar a eficácia destes esforços, a nossa Organização criou também um Centro de Recursos para os Media face à COVID-19, para ajudar os jornalistas a detetarem a informação falsa e informar sobre a crise de maneira segura e eficaz, tal como o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa deste ano nos convida a fazer: "jornalismo sem medo nem favor".

Este tema é uma celebração oportuna do trabalho daqueles que defendem a liberdade de informação, para uma imprensa independente que transmite e questiona os factos.

Esta liberdade de imprensa é demasiadas vezes violada. Quer seja através do controlo político, ideológico ou económico, de ataques difamatórios destinados a desacreditar o seu alvo, ou através de assédio. Existe, demasiadas vezes, uma tentativa de silenciar os jornalistas, especialmente as mulheres. Infelizmente, as circunstâncias excecionais que estamos a viver hoje agravam ainda mais esta pressão sobre os jornalistas.

A atual crise está também a aumentar a incerteza para a imprensa no plano económico. Por exemplo, no preciso momento em que a transição digital se acelera, as receitas publicitárias, das quais dependem muitas publicações, estão a diminuir ou até mesmo a cair a pique. Com o passar do tempo, os jornais poderão ser forçados a reduzir ou a cessar a sua atividade, privando as comunidades de um olhar diferente sobre o mundo, de uma profundeza de campo necessária à diversidade de opiniões.

Ora, num mundo tão interdependente como aliás o revela esta crise, todas as ameaças ou ataques à diversidade e à liberdade de imprensa, e à segurança dos jornalistas, nos dizem respeito a todos.

Assim, o sistema das Nações Unidas, bem como as novas alianças de associações de media, de governos e de atores do âmbito jurídico, académico ou da sociedade civil, apoiam os jornalistas de todo o mundo na sua luta pela sua independência e pela verdade.

Faço hoje um apelo para que estes esforços sejam redobrados. Neste momento crucial e
também para o dia de amanhã, precisamos de uma imprensa livre e de jornalistas que, por sua
vez, possam contar com todos nós.

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Divulgação do vídeo do 25 Abril da Casa da Juventude de Guimarães

Para assinalar a data, aqui deixamos o acesso ao vídeo a pedido dos autores. 

"A Casa da Juventude de Guimarães vem por este meio divulgar o nosso vídeo do 25 Abril.
Este vídeo foi feito pelos jovens da Casa da Juventude, e mostra de forma simples, elucidativa e pedagógica, as razões e fundamentos desta data que nos devolveu a liberdade.
Pelo seu efeito de mostrar em poucos segundos a importância deste acontecimento, julgamos poder ser do vosso interesse divulgar junto daqueles que considerem pertinentes.

A Casa da Juventude de Guimarães desde já agradece a todos os que tornaram tudo isto possível."


O video pode ser visto em

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor - Divulgação da mensagem da Diretora-Geral da UNESCO






Mensagem de Audrey Azoulay, por ocasião do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor
23 de abril de 2020

Neste período de incerteza, muitas são as pessoas que recorrem aos livros para superar o confinamento e a ansiedade.
Na verdade, os livros têm esta capacidade única de nos entreter, de nos instruir, de ser simultaneamente um instrumento para a evasão, para o encontro com um autor ou autora, um universo ou uma cultura, bem como um meio para mergulharmos mais profundamente em nós mesmos. Deste modo, página a página, os livros traçam o caminho para deambularmos pela intimidade do pensamento humano de todos os tempos e lugares: chamamos a isto liberdade.
É de toda esta magia dos livros que necessitamos agora, numa altura em que, coletivamente, nos lembramos até que ponto a literatura, tal como todas as artes, são para nós essenciais.
Ao celebrarmos os livros, celebramos também os seus autores e autoras, que nos oferecem fragmentos de vida, universos, uma janela e um olhar sobre o mundo. Por este motivo, esta celebração ocorre no dia 23 de abril, data do aniversário da morte de William Shakespeare, Miguel de Cervantes e Inca Garcilaso de la Vega, autores que alimentam a nossa imaginação há quatro séculos.
Com eles, prestamos também homenagem a todas as profissões relacionadas como livro, designadamente a edição, a publicação e a tradução, as quais garantem a divulgação do nosso património literário, permitindo que as novas criações encontrem um lugar para se expressarem, favorecendo a circulação das ideias.
Mais do que nunca, estas profissões devem ser protegidas e valorizadas no atual período de pandemia da COVID-19, que representa uma ameaça profunda e duradoura a esta economia do encontro que é a cultura.
É por esta razão que a UNESCO valoriza o trabalho dos editores, nomeadamente através das parcerias que tem vindo a estabelecer com a Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias (IFLA) e a União Internacional de Editoras (IPA).
Para que o poder da leitura seja plenamente exercido, e para que todos possam encontrar nela um refúgio, sonhos, conhecimento e reflexão, é importante ter acesso aos livros. Este é o significado do compromisso assumido por Kuala Lumpur, que neste dia 23 de abril se torna a Capital Mundial do Livro 2020, sobretudo devido à sua determinação em promover a literacia e fomentar o desenvolvimento de uma cultura inclusiva do livro.
Num momento em que a leitura é absolutamente inestimável, é clara a importância vital do nosso compromisso comum com a integração na leitura e através da leitura.
Para a edição deste ano do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, convido todos e cada um de vós a pegar num livro e, ao virar as suas páginas, encontrar nele a lufada de ar fresco que o sustentará no presente e no futuro.

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Lisboa Literária

No dia 6 de março, os alunos do 12.º ano CT1 e CT4 realizaram um «passeio literário» por Lisboa, partindo à descoberta com roteiros nas mãos e o olho fotográfico atento.


Entenda-se o produto final que aqui se publica como uma homenagem a todos os trabalhos desenvolvidos à distância, porque ela não existe quando a vontade está lá.
Parabéns a todos.
Maria Manuel Paz