segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres

Mensagem da Diretora Geral da UNESCO
por ocasião do 
Dia Internacionalpara a Eliminação da Violência contra as Mulheres
A segurança das mulheres perante as alterações climáticas
25 de novembro de 2016

A violência contra as mulheres constitui uma grave violação dos direitos humanos fundamentais e uma ameaça para milhões de raparigas e de mulheres em todo o mundo. Ao longo da sua vida, pelo menos uma em cada três mulheres foi espancada, obrigada a ter relações sexuais ou vítima de outro tipo de maus-tratos. Sociedades inteiras são afetadas pela violência, que pode ser física, sexual (assédio sexual, coerção ou discriminação) ou psicológica (violências verbais ou psicológicas tais como o assédio moral ou o ostracismo).
Neste Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, a UNESCO chama a atenção para as alterações climáticas e a escassez dos recursos enquanto fatores de violência contra as mulheres – em casa, na rua ou em caso de desastre natural causado pelo clima.
As alterações climáticas multiplicam as ameaças: podem acentuar os fenómenos de migração e de deslocação das populações, e causar más colheitas ou inundações, com graves repercussões sobre as famílias e os meios de subsistência. Vários estudos mostram que as mulheres são responsáveis por 65% da produção alimentar doméstica na Ásia, 75% na África Subsaariana e 45% na América Latina. Os papéis tradicionalmente desempenhados pelas mulheres são frequentemente aqueles que as expõem aos riscos decorrentes das alterações climáticas, tornando-as vulneráveis à violência enquanto percorrem todos os dias dezenas de quilómetros para assegurar o aprovisionamento em alimentos, água e lenha, ou quando se encontram deslocadas ou em situação de precaridade após um desastre natural. A perda dos meios de subsistência e a pobreza também podem agravar a violência doméstica devido às
pressões económicas e fazer perdurar práticas como a mutilação genital feminina e o casamento das crianças.
A UNESCO envida esforços em todos os setores para reforçar a resiliência face às alterações climáticas, integrando as questões de género em todas as suas ações. Através de numerosas parcerias e iniciativas, a UNESCO promove a ideia de que as mulheres e as raparigas são fundamentais na luta contra as alterações climáticas, nomeadamente no que respeita à gestão dos recursos hídricos e à preparação para os riscos de desastre.
Sabemos que as emissões de gases com efeito de estufa têm consequências nefastas para o planeta. Também temos que reconhecer que as alterações climáticas têm um impacto sobre a vida das raparigas e das mulheres em todo o mundo. No momento em que assistimos à entrada em vigor do Acordo de Paris sobre as Alterações Climáticas, e com vista ao êxito da COP-22 que vai ter lugar em Marraquexe, não devemos esquecer metade da população mundial e o imenso potencial que ela representa. As mulheres devem estar no cerne de todas as soluções para fazer frente às alterações climáticas.
Irina Bokova

sábado, 19 de novembro de 2016

Comemoração do Dia Internacional da Filosofia

Caros e caras colegas
Hoje, dia 17 de novembro,  o Departamento de Filosofia do nosso Agrupamento celebrou mais um Dia UNESCO – O Dia Internacional da Filosofia. Entre as múltiplas iniciativas, o Departamento contou com a participação do Centro UNESCO de Paremiologia, dedicado ao estudo e divulgação dos provérbios. Os coordenadores do Centro ofereceram alguns livros sobre o assunto, que serão brevemente colocados na estante “UNESCO” da biblioteca da ESEN. Deixamos aqui os títulos dos mesmos: Pensar Provérbios – Exercitar a PalavraProvérbios de Aperitivo, Desporto, jogos e provérbios: um Património ComumAgenda Proverbial; O Saber das Abelhas e o Sabor do Mel: ProvérbiosDo Ano ao Santo tudo é encanto – Ditos populares ao longo do anoPasseio Cultural na PrimaveraPasseio Cultural no Outono10º Colóquio Interdisciplinar sobre ProvérbiosOs Provérbios na Caça e na Pesca. Finalmente, um livro em inglês: Mr. Elephant`s Disappointement and other stories.
Aproveitamos, igualmente, para publicar a mensagem da Diretora Geral da UNESCO e congratular o Departamento  pela excelente iniciativa, a qual já foi comunicada à Comissão Nacional, bem como à Federação Portuguesa dos Centros e Clubes UNESCO.
Rute Navas (Coord.  Centro UNESCO Ciência, Arte e Engenho – Agrupamento de Escolas Emídio Navarro)

Mensagem da Diretora geral da UNESCO, Irina Bokova, por ocasião do Dia Mundial da Filosofia
17 de novembro de 2016
Este ano celebramos o Dia Mundial da Filosofia imediatamente a seguir ao Dia Internacional para a Tolerância. Esta coincidência é profundamente significativa, dada a ligação entre a tolerância e a filosofia. A filosofia alimenta-se do respeito e da consideração pela diversidade de opiniões, pensamentos e culturas que enriquecem a forma como nós vivemos neste mundo. Tal como a tolerância, a filosofia é uma forma de convivência dentro do respeito pelos direitos e valores comuns. Representa também uma capacidade para ver o mundo através de um olhar crítico, consciente dos pontos de vista dos outros, fortalecida pela liberdade de pensamento, de consciência e de crenças.
Por todas estas razões, a filosofia é mais do que uma disciplina académica: é uma prática quotidiana que ajuda a viver melhor e de forma mais humana. O questionamento filosófico aprende-se e aperfeiçoa-se desde a infância como uma chave essencial para estimular o debate público e defendendo o humanismo, que padece da violência e das tensões do mundo. Esse questionamento não oferece nenhuma solução predeterminada, mas sim uma perpétua busca do questionamento do mundo e visando procurar encontrar o nosso lugar nele. Nesse caminho, a tolerância é tanto uma virtude moral como uma ferramenta prática de diálogo. A tolerância não tem nada a ver com um relativismo ingénuo segundo o qual tudo equivale ao mesmo: trata-se de uma exigência individual de escutar, ainda mais forte, pois é fundamentada no compromisso decidido de defesa dos princípios universais de dignidade e liberdade. Este ano, a UNESCO celebra os aniversários de dois eminentes filósofos, Aristóteles e Leibniz, que contribuíram para o desenvolvimento da metafisica e da ciência, da lógica e da ética. Com vários séculos de diferença e em contextos culturais muito distintos, ambos colocaram a filosofia no centro da vida pública, como um elemento central de uma vida digna e livre. Celebremos também esse espírito, e ousemos abrir espaços para o pensamento livre, aberto e tolerante. Na base deste diálogo, poderemos então construir uma cooperação mais forte entre os cidadãos, as sociedades e os Estados, numa fundação duradoura para a paz. 
Irina Bokova