terça-feira, 16 de novembro de 2021

Dia Internacional da Tolerância 2021


Mensagem de Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO 

Na sua Carta Aberta à Juventude, Amadou Hampâté Bâ apelava a humanidade a trabalhar, por todos os meios, em prol de uma compreensão mútua, para que “as nossas diferenças, ao invés de nos separarem uns dos outros, se tornem fonte de complementaridade e enriquecimento mútuo".
 
Ao longo dos últimos 75 anos, a nossa Organização tem levado a cabo esta ambição mobilizando os bens comuns da humanidade que são a educação, a ciência, a cultura e a informação, para forjar e consolidar a paz na mente dos homens e das mulheres. 
Este Dia Internacional é uma oportunidade para recordar a atualidade do nosso compromisso comum em defender e promover a tolerância e a compreensão mútua. 
Quase dois anos após o início da pandemia de COVID-19, as fraturas que dividem e desfiguram as nossas sociedades não deixaram de nos separar, nem de exacerbar as desconfianças. Torna-se assim necessário reafirmar os valores fundadores da nossa humanidade, que defendemos na teoria e na prática. 
Este é, em particular, o sentido do trabalho que estamos a desenvolver para fazer da educação o lugar onde os estudantes, cidadãos do mundo de amanhã, aprendam o respeito pelo outro, o diálogo e a empatia, e lutem contra o ódio e a intolerância, tanto nos seus fundamentos como nas suas manifestações. 
Esta mobilização deve estender-se muito para além da sala de aula e envolver todas as esferas das nossas sociedades. A nossa Organização trabalha diariamente para defender e promover a diversidade cultural e linguística, a diversidade de conhecimentos, em particular os conhecimentos indígenas, para que, através do diálogo e do intercâmbio, todas estas perspetivas e visões do mundo possam abrir novos horizontes para a humanidade. 
Como estipula a Declaração de Princípios sobre a Tolerância, assinada a 16 de novembro de 1995 pelos Estados-Membros da UNESCO, "a tolerância é a harmonia na diferença". 
Neste Dia Internacional, a UNESCO gostaria de apelar a todos e a cada um para que celebrem a diversidade e o direito irredutível à diferença, que é o fundamento da riqueza das nossas sociedades e a âncora da paz na mente dos homens e das mulheres.

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