Diretora-Geral da UNESCO, por ocasião do
Dia Internacional da Paz
21 de setembro de 2021
"A paz na terra é da responsabilidade de todos, é uma responsabilidade universal.”
Ser responsável pela paz significa agir, a nível pessoal, para superar as lacunas e as injustiças que continuam a impedir-nos de alcançar um mundo de igualdade, pois um planeta corroído pela divisão é um planeta que não conhece a paz.
A construção da paz a longo prazo, através do diálogo e do compromisso, é precisamente a ambição fundadora das Nações Unidas, expressa no final de uma guerra mundial terrivelmente destruidora.
Na UNESCO, é nossa convicção que esta missão deve, desde logo e necessariamente, implicar um trabalho no âmbito da educação, da cultura e das ciências, tendo em conta que, como expresso no preâmbulo do nosso Ato Constitutivo, "nascendo as guerras no espírito dos homens é no espírito dos homens que devem ser erguidos os baluartes da paz”.
Todos os dias, através dos seus programas e ações no terreno, a UNESCO reafirma o empenho dos seus fundadores em assegurar que a paz seja mais do que o silêncio das armas, que seja uma convicção do coração e da mente, uma capacidade de vivermos juntos, respeitando as diferenças uns dos outros.
É este compromisso para com a paz na diversidade que abraçamos com determinação ao longo desta Década para a Aproximação das Culturas (2013-2022), e que esteve no cerne da primeira edição do nosso Fórum Mundial contra o Racismo e a Discriminação em março de 2021.
No entanto, este caminho para a paz universal será longo, pois a paz requer um esforço diário, um futuro que deve ser constantemente moldado. "A paz não é uma palavra, é antes um comportamento" gostava de afirmar Félix Houphouët-Boigny, primeiro Presidente da República independente da Costa do Marfim, cujo legado celebramos através da atribuição do Prémio Félix Houphouët-Boigny-UNESCO para a Paz.
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